“A SAGA DO AUTISTA QUE ANIMOU O SHOW DO KISS”
Essa manchete encontra-se estampada na primeira página do CADERNO2 do jornal ‘O Estado de São Paulo’ de hoje, 01.05.2008. O autor da matéria, Antonio(sic) Gonçalves Filho, fala do norte-americano JOHN ELDER ROBINSON, portador da Síndrome de Asperger, que afeta a capacidade de sentir e externar afetos. Gonçalves Filho menciona o best seller nos EUA que Robinson escreveu, OLHE NOS MEUS OLHOS, e agora lançado no Brasil pela Editora Larousse (tradução de Júlio de Andrade Filho e Clene Soares,256 págs.,R$19,90).
Em entrevista ao Estado ontem, via telefone, Robinson revela as razões que o levaram a escrever o livro.” Conta que a decisão foi tomada após assistir ao filme de Ryan Murphy. Nesse filme, seu irmão gay Augusten (que assina o prefácio de seu livro) é entregue aos 12 anos à família de um excêntrico psiquiatra que cuida da mãe de ambos, Deirdre, uma poetisa bissexual e depressiva que enlouquece quando vai viver só num hotel, após o divórcio. Separado dela, o marido, um professor alcoólatra, passa a espancar ainda mais o filho mais velho – justamente o autor de ‘OLHE NOS MEUS OLHOS’. O título vem da frase que era repetida inutilmente pelo pai bêbado enquanto o garoto contemplava a pilha de garrafas vasias de vinho sob a mesa da cozinha.”
John Elder Robinson, “visto como psicótico pelos pais e os amiguinhos da escola, cresceu tímido e introvertido, certo de viraria um assassino serial por não olhar as pessoas nos olhos ou não conseguir se emocionar diante da tragédia alheia. Até ser reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como uma espécie leve de autismo, em 1984, a Síndrome de Asperger era diagnosticada como doença mental. Mas não é bem assim, pois diante das novas descobertas consideram-se que renomados cientistas, tais como Eistein e o cineasta Stanley Kubrick, diz Gonçalves Filho, sofriam da mesma síndrome, cujos portadores são sempre pessoas com uma inteligência acima da média mas incapazes de manifestar emoções.”
As limitações não impediram Robinson de ser bem-sucedido na vida profissional. Em sua luta pela sobrevivência, começou concertando máquinas e instrumentos musicais em sua cidade, Amherst, Massachussets, EUA. Foi assim que conheceu Ace, o guitarrista da banda de rock KISS, que o convidou para cuidar dos efeitos pirotécnicos – sonoros e visuais – de seus shows.” Hoje, Robinson leva vida normal em sua cidade, perfeitamente integrado na sociedade, juntamente com mulher e filho, quem também supeita ser um “asperger”.Edson Valeriano
Essa manchete encontra-se estampada na primeira página do CADERNO2 do jornal ‘O Estado de São Paulo’ de hoje, 01.05.2008. O autor da matéria, Antonio(sic) Gonçalves Filho, fala do norte-americano JOHN ELDER ROBINSON, portador da Síndrome de Asperger, que afeta a capacidade de sentir e externar afetos. Gonçalves Filho menciona o best seller nos EUA que Robinson escreveu, OLHE NOS MEUS OLHOS, e agora lançado no Brasil pela Editora Larousse (tradução de Júlio de Andrade Filho e Clene Soares,256 págs.,R$19,90).
Em entrevista ao Estado ontem, via telefone, Robinson revela as razões que o levaram a escrever o livro.” Conta que a decisão foi tomada após assistir ao filme de Ryan Murphy. Nesse filme, seu irmão gay Augusten (que assina o prefácio de seu livro) é entregue aos 12 anos à família de um excêntrico psiquiatra que cuida da mãe de ambos, Deirdre, uma poetisa bissexual e depressiva que enlouquece quando vai viver só num hotel, após o divórcio. Separado dela, o marido, um professor alcoólatra, passa a espancar ainda mais o filho mais velho – justamente o autor de ‘OLHE NOS MEUS OLHOS’. O título vem da frase que era repetida inutilmente pelo pai bêbado enquanto o garoto contemplava a pilha de garrafas vasias de vinho sob a mesa da cozinha.”
John Elder Robinson, “visto como psicótico pelos pais e os amiguinhos da escola, cresceu tímido e introvertido, certo de viraria um assassino serial por não olhar as pessoas nos olhos ou não conseguir se emocionar diante da tragédia alheia. Até ser reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como uma espécie leve de autismo, em 1984, a Síndrome de Asperger era diagnosticada como doença mental. Mas não é bem assim, pois diante das novas descobertas consideram-se que renomados cientistas, tais como Eistein e o cineasta Stanley Kubrick, diz Gonçalves Filho, sofriam da mesma síndrome, cujos portadores são sempre pessoas com uma inteligência acima da média mas incapazes de manifestar emoções.”
As limitações não impediram Robinson de ser bem-sucedido na vida profissional. Em sua luta pela sobrevivência, começou concertando máquinas e instrumentos musicais em sua cidade, Amherst, Massachussets, EUA. Foi assim que conheceu Ace, o guitarrista da banda de rock KISS, que o convidou para cuidar dos efeitos pirotécnicos – sonoros e visuais – de seus shows.” Hoje, Robinson leva vida normal em sua cidade, perfeitamente integrado na sociedade, juntamente com mulher e filho, quem também supeita ser um “asperger”.Edson Valeriano
Um comentário:
Muito interessante a matéria.
Como sempre muito bem escrita. Aprecio muito seu estilo, sua simplicidae sofisticada. É sempre um prazer lê-lo.
Se fosse possível, gostaria de saber o nome do filme de Ryan Murphy a que a matéria faz referência.
Aproveito para informar que tive de ir ao seu perfil para entrar no seu blog pois, na mensagem enviada, estava incorreto.
Abraços,
Anna Cortás
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