domingo, 11 de maio de 2008

Dia das Mães


MINHA MÃE

Você foi aquela cujo coração pulsou em mim quando ainda nem forma definida tinha lá no recôndito de seu útero. Você foi quem me apresentou a melhor companhia, o canto, o riso ao adormecer e o amor ao acordar. Você estava comigo nos meus primeiros passos, me ajudou a me levantar quando caía e me ajudou a pisar firme nesse mundo de volubilidade e de turbulências mil, no qual me situo para enfrentar todas as suas vicissitudes, turbulências e fadigas. Se não fosse você lá atrás, que me deu as bases do equilíbrio contra a gravidade que para baixo tudo puxa, eu não seria eu, me teria perdido no meio do tudo.
Você me enxugou as lágrimas, beijou o lugar onde sentia dor, acalmou-me nas horas de medo e pavor, fez curativos nas minhas contusões quando caía e me ralava nas brincadeiras de criança, e confortou-me nas minhas perdas e decepções ao longo do meu crescimento e aprendizado com a vida. Você me ensinou a não só a ver os perigos da vida, mas também a beleza que há no universo em que vivo, não só a natureza, mas também nas pessoas enquanto pessoas. Há algumas existentes que ferem, mas a maioria são confiáveis e deleitáveis. Você me fez ver isso e a confiar na vida. O primeiro beijo que recebi foi o seu, o primeiro afago também foi o seu quando ainda nadava na piscina amniótica do seu útero sentia sua mão acariciar a parede do abdômen. Às vezes você ficava impaciente e irritada e eu não entendia direito o que estava acontecendo, mas hoje eu entendo que o fazer de uma vida é bastante complicado.
Foi você que me ensinou que as lágrimas são inevitáveis ao longo da vida, mas que no final das mesmas sempre aparece um arco-íris; me ensinou que o que torna bela a negritude da noite são as estrelas que nela brilham, e que não importam quantas nuvens apareçam, as estrelas sempre estão lá,e mesmo que não as enxergue elas são permanentes, as nuvens são sempre transitórias. Isso me mantém caminhando rumo ao permanente. Você ainda me ensinou o significado da bondade e também a ver como o amor transforma pequeninas coisas em maravilhas jamais sonhadas.
Além de tudo você me ensinou a andar sem temor onde só se escuta a voz do Espírito, Eu era ainda muito criança quando você começou a me mostrar a sublimidade de um rosto voltado para Deus... Eu não entendia direito, pois era muito complicado imaginar o Ser que é, mas não se vê; mas ao me ensinar a conversar com Ele em oração os meus olhos do espírito começaram a percebê-lo e se comunicar com Ele.
Pois é, foi você quem me apresentou a Ele como Senhor e Provedor de minha vida, de tal forma que, mesmo depois de você partir, eu nunca mais estarei só. Tudo isso devo a Você...
MINHA MÃE!

Edson Bispo Valeriano

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